domingo, 18 de setembro de 2011

Conspiracies Of a Lost Ghost - Silencio





- Eu não sei de tudo.
- Eu sei o suficiente para estar aqui.
Eu vejo as curvas que a vida dá e me perco no final delas, algumas tão pequenas e complicadas, outras grandes e ainda sim continuam indecifráveis. Não sei de todas as coisas que estão ao meu redor, mas vejo tudo de uma perspectiva diferente e posso afirmar: o mundo está longe de atingir sua perfeição.
- Tirou suas dúvidas?
- O suficiente pra da o fora daqui.
- Não quero ser culpada por todos seus fracassos
- Ok - Risos
Eu estudava no ECOS junto com Thais que nas aulas vagas gostava de passar biologia comigo no último corredor daquele que fora o maior compartimento de livros que vi em minha vida. Era incrível e de certa forma me sentia bem de estar ali, junto com ela. Eu a amava, mas não podia dizer o quanto, nós éramos tão… Amigos. Simplesmente olhava ela enquanto falava da importância das baleias na cadeia alimentar, era um costume nosso estudarmos ali toda a tarde, antes do primeiro crepuscular, antes de tudo perder seu simples sentido.
Caminhamos até a praça que ficava a uns cem metros da beira do mar, suficientemente para receber a brisa do mar em nossas faces. Ficamos em silêncio por certo tempo, observando o esconder do sol entre as águas.
- Não me canso de vim aqui todos os dias. -Assenti.
Era uma tarde da terceira semana de outubro, e junto com a primavera o fantástico astro deixava seus últimos raios sobre aquela pequena parte da terra, que fazia o fulgor dos olhos dela aumentar ainda mais
- Acho que está na hora! -Ela afirmou
- Hora de que? –Perguntei - Ir embora.
Entendi.
De todos os anos que conheço a Thais, não pude deixar de perceber que ela estava mal pelo simples fato de ir embora. A Thais é surpreendentemente linda, bastante alta cabelos no ombro, olhos azuis da cor do rio São Francisco, pele tão macia como qualquer um pelúcia podia ter tido. Os seus pais eram do tipo rígidos demais para com sua educação, nunca deixaram ela ter algo do tipo como um namorado. De certa forma ela era acostumada com toda aquela situação, não perguntei o motivo pelo qual ela estava tão pensativa.
Nesse dia não trocamos nenhuma palavra durante o caminho. Vimos às mesmas coisas de todo dia quando voltamos. Pessoas caminhando, levando seus cães para passearem nas ruas da cidade iluminada pelos seus gigantes postes que faziam à mais bela.
Vi o Luis passando ali na rua vestido todo de preto, jeans e jaqueta, de capuz e com botas de borracha preta dobrando a esquina -Estranho.- O Luis era daqueles tipo de garotos que você nunca desejaria conhecer. o “Popular” da turma, tirava todos de tempo, não deixava ninguém em paz. Não sei bem o que ele anda fazendo ali. Logo na frente vi meu amigo e vizinho Kaio
Thais chamou.
- kaio!
- Oi pessoal -Respondeu
Fiquei olhando Thais entrar dentro de casa que fica logo depois de quatro casas da minha. Ela hesitou na porta e entrou. Nada mais ouvi.

Conspiracies Of a Lost Ghost, Clica~


Nenhum comentário:

Postar um comentário